sexta-feira, 28 de agosto de 2009

quinta-feira, 8 de maio de 2008


O Amor É Mais

Roberto Carlos


Pra saber o que é o amor

>É preciso amar assim

>E o amor que eu sinto por você

>É igual ao seu por mim

>O amor é energia, é luz Que ilumina a alma

>É a força de dois corações Que traz a paz e acalma

>Diferente da paixão

>O amor é um sentimento

>Está acima da razão E do passar do tempo

>O nosso amor resiste a tudo À tempestade e ao vento

>É forte em nosso pensamento

>Imenso em nosso coração

>Pro nosso amor não tem distância Juntos sempre estamos

>É assim que nos amamos

>Não soltamos nossas mãos

>O amor é mais do que eu pensei É mais do que eu sonhava

>E esse amor que eu tanto esperava

>Só conheci quando encontrei você

>E a emoção do nosso amor Não dá pra ser contida A força desse amor Não dá pra ser medida

>Amar como eu te amo Só uma vez na vida

>O amor é energia, é luz Que ilumina a alma

>É a força de dois corações

>Que traz a paz e acalma

>Diferente da paixão O amor é um sentimento

>Está acima da razão E do passar do tempo.

>O nosso amor resiste a tudo À tempestade e ao vento

>É forte em nosso pensamento

>Imenso em nosso coração

>Pro nosso amor não tem distância Juntos sempre estamos É assim que nos amamos Não soltamos nossas mãos

>O amor é mais do que eu pensei É mais do que eu sonhava

>E esse amor que eu tanto esperava

>Só conheci quando encontrei você E a emoção do nosso amor Não dá pra ser contida A força desse amor Não dá pra ser medida

>Amar como eu te amo

>Só uma vez na vida

CATIVAR




(Trecho de "O Pequeno Príncipe" - de Saint-Exupéry)

Bom dia, disse ele.
—Bom dia, disseram as rosas.— Quem sois ? perguntou o príncipe— Somos rosas.
— Ah! exclamou o principezinho...
E ele sentiu-se extremamente infeliz. Sua flor lhe havia contado que ela era a única de sua espécie em todo o universo.
E eis que haviam cinco mil, igualzinhas, num só jardim!
Depois refletiu ainda:
"Eu me julgava rico de uma flor sem igual,
e é apenas uma rosa comum que eu possuo...
Isso não faz de mim um príncipe muito grande...
" E, deitado na relva ele chorou.
Foi então que apareceu a raposa:
—Bom dia, disse a raposa.— Bom dia, respondeu polidamente o principezinho.— Quem és tu? Tu és bem bonita...— Sou uma raposa, disse a raposa.— Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste.
— Eu não posso brincar contigo, disse ela. Não me cativaram ainda
—Que quer dizer "cativar" ?— É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."— Criar laços ?
—Tu és ainda para mim um garoto igual a cem mil outros garotos.E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim.Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas setu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim ÚNICO no mundo. E eu serei para ti única no mundo...E a raposa continuou:— Minha vida é monótona. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros.
Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música.
E depois, olha!
Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil.
Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste!
Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado.
O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti.
E eu amarei o barulho do vento no trigo...
— Por favor... cativa-me! - disse a raposa.
— Bem quisera, disse o principezinho. Mas tenho pouco tempo
e amigos a descobrir e coisas a conhecer.
— A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa.
Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.
Compram tudo pronto na lojas.
Mas como não existem lojas de amigos, eles não têm mais amigos.
Se tu queres um amigo, cativa-me !
— Que é preciso fazer ?
— É preciso ser paciente. Sentarás primeiro longe. Eu te olharei e tu não dirás nada.
A linguagem é fonte de mal-entendidos.
Mas cada dia sentarás mais perto... E virás sempre na mesma hora.
Se tu vens às 4, desde às 3 eu começarei a ser feliz.
Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz.
Às 4 horas, então, eu estarei inquieta e agitada:
descobrirei o preço da felicidade.
Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de
preparar o coração...
Assim, o principezinho cativou a raposa.
Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
— Ah! Eu vou chorar.
— A culpa é tua, disse o principezinho. Eu não queria te fazer mal,
mas tu quiseste que eu te cativasse...
— Quis.
— Mas tu vais chorar !
— Vou.
—Então não sais lucrando nada!
—Eu lucro, por causa da cor do trigo.
—Vais rever as rosas e volta. Tu compreenderás que a tua é ÚNICA no mundo.
E ele disse às rosas:
— Vós não sois iguais à minha rosa, vós não sois nada.
— Ninguém vos cativou e nem cativastes ninguém.
—Sois como era a minha raposa, mas eu fiz dela um amigo.
—Agora ela é ÚNICA no mundo.
—Sois belas, mas vazias... A minha rosa sozinha é mais importante que vós todas.
—Foi dela que eu cuidei, ela é a minha rosa!
—Adeus, disse ele.
— Adeus, disse a raposa.
—Eis o meu segredo: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Foi o
tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
TU ÉS RESPONSÁVEL PELA ROSA...
— Sou responsável pela minha rosa...repetiu ele a fim de se lembrar...
" te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Minha FLOR


Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes


De tudo ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.



Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.